segunda-feira, 10 de março de 2014

Dez Vidas - TV Excelsior - 1969

DEZ VIDAS


Excelsior - 19h30 / 20h30


de 4 agosto de 1969 a janeiro de 1970


novela de Ivani Ribeiro


direção de Gonzaga Blota, Reynaldo Boury e Gianfrancesco Guarnieri




*A Inconfidência Mineira é retratada, tendo como linha de frente o Mártir da Independência, Tiradentes.



Como pano de fundo, o triângulo amoroso entre Marília, Dirceu e Carlota. 


 *****************ELENCO********************

 CARLOS ZARA - Tiradentes (Joaquim José da Silva Xavier)


CLÁUDIO CORRÊA E CASTRO - Visconde de Barbacena


NATHÁLIA TIMBERG - Bárbara Heliodora


GIANFRANCESCO GUARNIERI - Dirceu (Tomás Antônio Gonzaga)


MARIA ISABEL DE LIZANDRA - Marília


ARLETE MONTENEGRO - Carlota


STÊNIO GARCIA - Joaquim Silvério dos Reis


LEILA DINIZ - Pompom


REGINA DUARTE - Pompom


GRACINDO JÚNIOR - Maciel


OSMANO CARDOSO - Cônego Vieira


FERNANDO TORRES - Cláudio Manoel da Costa


JOVELTY ARCHÂNGELO - Bilac


CLEYDE BLOTA - Eugênia


FÁBIO CARDOSO - Padre Rolim


RITA CLEÓS - Maria I


EDSON FRANÇA - Alvarenga Peixoto


GERALDO LOUZANO - Conselheiro Martinho de Mello


JOÃO JOSÉ POMPEO - Vice-Rei


OSWALDO MESQUITA


VERA NUNES - Viscondessa de Barbacena


NEWTON PRADO - Inácio


SILVIO FRANCISCO - Tomé


ANTÔNIO PITANGA - José do Patrocínio


ABRAHÃO FARC


RUTHINÉIA DE MORAES


SILVIO DE ABREU - Silas


MARCUS TOLEDO


MARIA APARECIDA ALVES - Quitéria


PEIRÃO DE CASTRO - carcereiro


 Bastidores da Trama:

 Última das 13 novelas que Ivani Ribeiro escreveu seguidas para o horário das 19h30 na TV Excelsior, desde janeiro de 1965 com Onde Nasce a Ilusão.



Para Dez Vidas, a autora traçou um perfil da época com pesquisa realizada no livro Caminho da Liberdade, de Wanderley Torres.



A censura da Ditadura Militar interveio, não gostando do tema por considerá-lo subversivo. De acordo com o livro Glória in Excelsior, de Álvaro de Moya:

"Num jantar oferecido a um político, o diretor Waldemar de Moraes
sentou-se ao lado de um coronel da censura federal e tentou convencer o
militar que a censura não devia interferir tanto no texto da novela,
atrapalhando a produção. O coronel respondeu: 'Meu filho não adianta.
Tiradentes foi um subversivo e ponto final'."



A novela mudou de horário e teve vários cortes. Mas a atribulação maior
foi o fim que lhe reservaram. A TV Excelsior estava em crise e
Dez Vidas  terminava apressadamente. Mesmo no ar, a novela deixou transparecer a situação difícil da emissora, com os atores saindo da trama e a encenação tornando-se cada vez mais pobre.



Este seria o último trabalho de Regina Duarte na TV Excelsior. Ela vivia
a personagem Pompom, mas deixou a novela logo no início, descontente
com os salários atrasados, e foi para a Globo fazer
Véu de Noiva. Foi então substituida por Leila Diniz, que marcou a personagem com sua interpretação fascinante.



De acordo com o livro Glória in Excelsior, de Álvaro de Moya:



"Sobre Dez Vidas, esclareceu Gianfrancesco Guarnieri: '... a
gente já estava em crise absoluta, não tinha dinheiro para nada... Nós
fizemos uma parada militar com 10 pessoas, focando os pés. Os atores
corriam por trás da câmera e entravam de novo na fila e a câmera
continuava apenas mostrando os pés. Depois fazia alguns closes de
rostos, evitando planos gerais e dando a idéia de muitos soldados'."




"Referindo-se à mesma novela, o ator Peirão de Castro informou
que os atores, por não receberem o pagamento, foram abandonando a
emissora e no final só haviam 5 atores: Carlos Zara, que era o
Tiradentes, Fábio Cardoso, Gianfrancesco Guarnieri, Oswaldo Mesquita e
ele, Peirão de Castro, que era um carcereiro."




Segundo a revista Veja nº 42, publicada em 25/06/1969, a TV
Excelsior promoveu um concurso dois meses antes da novela entrar no ar. O
público tinha que adivinhar qual ator iria fazer o papel principal da
novela, o Tiradentes. As opções eram: Carlos Zara, Paulo Goulart,
Francisco Cuoco, Henrique Martins e Gracindo Júnior. O telespectador que
acertasse o ator-principal da trama, concorria a um automóvel de luxo
zero quilômetro antes do lançamento de
Dez Vidas. A resposta correta era Carlos Zara.



Na mesma reportagem da Veja, Ivani Ribeiro comentou sobre sua mais nova obra:

"O título será Dez Vidas aproveitando uma frase de Tiradentes:
'Dez vidas eu daria, se as tivesse, para salvar as deles!'. E
aprovetarei todos os grandes conspiradores para criar um grande clima
dramático."









Trilha Sonora





Manuel Marques


TEMA DE TIRADENTES E ANA

POMPOM

MARÍLIA E DIRCEU

FOGUEIRAS DE SÃO JOÃO

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